A ideia do turismo voluntário no exterior é mudar o mundo para melhor e tanto a procura quanto as oportunidades só crescem. Quem vai, volta cheio histórias. Esse texto é sobre como contá-las.
Assisti um vídeo, completamente irônico, chamado “Como ganhar mais likes nas redes sociais” que me deixou pensando sobre o turismo voluntário. Ele foi produzido pela Radi-Aid, um projeto da organização solidária de estudantes e acadêmicos na Noruega (SAIH) e pelo perfil @barbiesavior, que conta a jornada de uma Barbie na África, ressaltando condutas babacas de voluntários.
Uma simples foto, uma hashtag ou texto seu pode perpetuar estereótipos e ferir a privacidade de outra pessoa. É isso que torna ter um código ético a seguir para quem quer ser voluntário tão essencial. Retratar outras pessoas como frágeis,desamparadas e infelizes é um desserviço ao empoderamento delas e está fora de moda.
Existem dois caminhos. O primeiro é utilizar uma linguagem que aproxima e o segundo é uma que reforça estereótipos. Os preconceitos deixam as coisas como estão, logo, de que adianta cruzar o globo para fazer mais do mesmo?
Ser voluntário vai mudar sua vida. Ao mesmo tempo que faz algo significativo, você conhece um mundo diferente. Espero deixar mais claro com esse post como comunicar sua experiência para o mundo. Inclusive, aqui estão 15 oportunidades para você começar a se planejar.
O problema não está em postar a foto em si. Veja, é possível ajudar aquela comunidade compartilhando suas lutas e seus problemas socioambientais nas redes. Você tem uma ferramenta muito poderosa em sua mão para divulgar o propósito da ONG, valorizar culturas tradicionais e acordar outras pessoas para a causa.
Pensando nisso, A Raid-Aid e o perfil da Barbie Savior lançaram um Guia de comportamento nas mídias sociais para voluntários e viajantes. Ele se chama “Como comunicar o mundo” e conta com quatro princípios indispensáveis e um checklist completo para ser consultado antes de postar aquela selfie ou texto do seu turismo voluntário.