Coberto pela Mata Atlântica, há um local secreto guardado a sete chaves, mas que todos que moram lá querem que você descubra. E, após 20 dias de viagem, meu veredito estava formado: Ilha Grande é um dos lugares mais acolhedores que já visitei.
Em um cenário difícil de acreditar que pertence ao Rio de Janeiro, as praias de um verde transparente (sim, dá para ver o próprio pé) são verdadeiros paraísos escondidos. Um exemplo é a extensa Lopes Mendes, que até pode ser o destino final, mas não se engane: o caminho também faz parte da experiência. As trilhas que atravessam a natureza intocada revelam mirantes surpreendentes e a sensação de estar longe de qualquer sinal de civilização.
É o tipo de lugar que fica gravado na memória, e nos meus dias explorando suas histórias e encantos, descobri dicas sobre o que fazer em Ilha Grande que vão transformar a sua viagem em algo ainda mais especial. Confira a seguir:
Localizada na Costa Verde do Rio de Janeiro, Ilha Grande pertence ao município de Angra dos Reis e está a cerca de 150 km da capital fluminense, 100 km de Paraty e 400 km de São Paulo.
Trilha do Pico do Papagaio/Civitatis
Apesar de estar a apenas 150 km do Rio de Janeiro, chegar à Ilha Grande exige um pouco de planejamento, já que a entrada de carros é proibida. A única maneira de alcançar a ilha é por via marítima, utilizando barcas, lanchas ou fast boats, partindo de três cidades principais: Mangaratiba, Conceição de Jacareí e Angra dos Reis.
A rota mais rápida é a partir de Conceição de Jacareí, com diversas opções de fast boats disponíveis. Já Angra dos Reis oferece uma variedade maior de transportes, incluindo barcas, lanchas e até passeios de escuna. Para quem parte de Mangaratiba, a viagem é um pouco mais longa, já que a barca é a principal opção.
Os preços variam conforme o tipo de transporte escolhido. O fast boat, que foi a minha escolha (partindo de Angra), é a opção mais rápida e confortável. O trajeto custa a partir de R$ 60 por trecho, enquanto a barca, mais econômica, pode sair por R$ 20. O tempo de travessia varia entre 20 minutos e 1h30, dependendo do ponto de partida e do meio de transporte selecionado.
Suspeitos para afirmar, todos na ilha te dirão a mesma coisa: a melhor época para visitar é qualquer uma. Isso porque os turistas nunca param de chegar e o calor perdura o ano todo. No entanto, a melhor época para ir à Ilha Grande existe e é de março a agosto, quando as chuvas dão uma trégua e os preços da alta temporada (dezembro, janeiro e fevereiro) voltam ao normal.
Viajar à Ilha Grande é um sonho para quem curte praias, passeios de barco, trilhas e tudo que envolve a natureza. Para curtir tudo isso e muito mais, eu recomendaria ficar por uma semana, mas, com um feriado prolongado de 3 a 4 dias, já dá para aproveitar o destino sem pressa. Porém, não se engane: mesmo com um período maior de estadia, ainda faltará pontos turísticos para conhecer.
Praia Preta em Ilha Grande, Rio de Janeiro/Civitatis
Bem próxima ao centro da Vila do Abraão (e popular entre os moradores), a Praia Preta é uma opção prática e acessível para quem não quer grandes deslocamentos. Mas, afinal, por que Praia Preta? O nome é uma referência direta ao tom da areia, que, diferente daquele marrom claro que estamos acostumados, varia entre tons de preto e dourado, devido à presença de minerais como a monazita.
A praia pode surpreender à primeira vista, com sua longa faixa de areia e mata que se unem perfeitamente, de uma maneira diferente daquela que as pessoas de São Paulo, como eu, estão acostumadas. Mas a praia é de ótima qualidade, assim como suas águas calmas. Um charme extra é o poço de água doce formado por um riacho, perfeito para as crianças se divertirem.
O acesso é fácil, pór um trajeto plano de apenas 15 minutos a partir do canto esquerdo da Praia do Abraão. Lá, siga pela trilha T1 do conhecido “Circuito do Abraão”. Pelo mesmo caminho, um pouco mais para frente, ainda é possível conhecer as ruínas do Lazareto, um antigo posto de quarentena do século XIX, que hoje guarda parte da história da ilha.
Cachoeira da Feiticeira/Ilha Grande
Um dos passeios mais queridos para quem busca o que fazer na Ilha Grande, a Cachoeira da Feiticeira tem uma queda d’água de 12 metros que forma um poço perfeito para um mergulho refrescante após a trilha. O trajeto, pela rota T2, dura cerca de duas horas a partir da Vila do Abraão e é bem sinalizado, mas exige calçados adequados, especialmente em dias de chuva, devido às subidas e descidas íngremes.
Para quem não é muito de trilha, outra opção é chegar de barco até a Praia da Feiticeira e fazer uma trilha de apenas 30 minutos até a cachoeira – e, diga-se de passagem, com direito a mirantes incríveis. A volta do passeio também pode ser feita de barco, partindo da mesma praia e – inclusive – até por quem fez a ida de trilha.
Os transportes costumam partir de hora em hora, mas só até um certo horário (normalmente por volta das 17h). Por isso, cuidado para não perder o caminho da volta!
Ruínas do Lazareto/Foto: Beatriz Cyrino
Construído em 1893 a pedido de D. Pedro II, o Aqueduto da Ilha Grande é um dos poucos sítios históricos da ilha. Com 125 metros de comprimento e 30 de altura, ele levava água do córrego do Abraão para o antigo Lazareto, que recebia imigrantes no século XIX.
Próximo dali, o Poção é um convite ao mergulho em meio à mata. Ambos estão na trilha T1, no caminho para a Praia Preta, com baixa dificuldade e duração de cerca de 1 hora, ideal para famílias e crianças.
Praia da Júlia em Ilha Grande/Foto: Julia Paiva
Do lado direito da ilha, a Praia da Júlia é a primeira parada da trilha que leva à famosa Praia de Abraãozinho e fica bem próxima à Vila do Abraão, o que a torna bastante movimentada, especialmente nos finais de semana – o que pode ser um problema, considerando que não é lá muito extensa.
Mesmo assim, com uma boa infraestrutura de quiosques, aluguel de caiaques e SUP, é uma ótima opção para quem quer curtir sem precisar de longas trilhas ou deslocamentos de barco. O mar é tranquilo e a água costuma ser transparente. O acesso é fácil pela trilha T10, a partir da Praia do Abraão, em um percurso de apenas 15 minutos.
Praia do Abraãozinho/Foto: Beatriz Cyrino
A Praia do Abraãozinho é uma das mais belas da Ilha Grande e pode ser acessada por uma trilha de cerca de 45 minutos, perfeita para quem quer curtir um dia inteiro de sol. As águas calmas, rasas e transparentes, a oferta de quiosques e o aluguel de caiaques e pranchas de stand up paddle nem se comparam com a melhor parte: lá, você não precisa se preocupar com o horário, pois o sol bate o dia todo.
Para chegar, o percurso começa no canto direito da Vila do Abraão e passa por outras praias encantadoras, como a Praia da Júlia e a Praia do Sobrado. Quem preferir evitar a trilha pode pegar um taxi boat na Vila do Abraão, com custo médio de R$ 20 (ida e volta). O valor, no entanto, pode variar de acordo com a época do ano. Eu, por exemplo, paguei R$ 25 apenas na volta.
Praia de Lopes Mendes/Visite Angra
Considerada uma das mais belas praias do Brasil, Lopes Mendes tem quase 3 km de extensão, areia branca e mar cristalino. Voltada para o mar aberto, é um paraíso para surfistas, mas também oferece áreas rasas e seguras para banho. A praia é pouco habitada, e caminhar para o lado esquerdo garante a sensação de estar em um refúgio particular.
O acesso mais comum é pela trilha T11, a partir da Praia do Pouso, em um trajeto de 20 a 30 minutos. Barcos partem diariamente da Vila do Abraão até o Pouso, com custo médio de R$ 90 (ida e volta) durante a alta temporada.
Praia do Aventureiro, Ilha Grande/Pedro Luis Santos
Famosa pelo icônico coqueiro inclinado, a Praia do Aventureiro é um dos cartões-postais da Ilha Grande. Com areia branca, mar multicolorido e águas calmas, a praia é um verdadeiro paraíso.
Para os mais aventureiros, há um mirante no alto de uma pedra, com vista deslumbrante da enseada. O acesso pode ser feito de barco ou pela trilha T9, a partir da Vila do Provetá, em um percurso pesado de 3h30. A praia faz parte do roteiro Volta à Ilha.
O coração turístico da Ilha Grande bate na Vila do Abraão, onde se concentram a maioria das hospedagens, restaurantes e agências de passeios. Apesar de não contar com resorts de luxo ou all inclusive, a vila oferece pousadas simples e aconchegantes, além de hostels que são ótimos para quem busca uma experiência mais descontraída e social.
Na minha viagem, feita com amigos, optamos por nos hospedar em hostels. A maior parte do tempo ficamos no Hostel Mahalo, localizado na Rua Getúlio Vargas, próximo a pontos como a Praia do Abraão e a Praia Preta. Por uma noite, também experimentamos o Che Lagarto, um dos mais famosos da região e bem conhecido pelo agito noturno.
No Mahalo, a experiência foi mais caseira e acolhedora, com uma atmosfera que convida a interações entre hóspedes e até o uso da cozinha compartilhada para preparar refeições em grupo. Já no Che Lagarto, o clima é mais animado, atraindo muitos viajantes solos, especialmente estrangeiros, o que facilita fazer novas amizades.
Outro diferencial é que o hostel já está dentro do beach club, ideal para quem quer curtir a festa sem precisar se deslocar. No entanto, para quem busca noites mais tranquilas, essa pode não ser a melhor opção. Além disso, enquanto o Mahalo inclui café da manhã na diária, no Che Lagarto ele é cobrado à parte.
Mas, para quem curte um pouco mais de privacidade, o Sola no mundo recomenda as hospedagens abaixo:
A Pousada Albatroz está localizada em uma área montanhosa tranquila em Abraão, Ilha Grande. Decorada em estilo rústico tropical, o local oferece suítes e chalés. Além da vista para o jardim, a pousada está localizada a 10 minutos a pé do cais de Abraão.
A apenas 2 minutos a pé da Praia do Abraão, o Portal dos Borbas fica a 100 m de distância do cais de Abrãao. Todos os quartos da hospedagem ainda dispõem de vista para a montanha.
Pousada D’Pillel/Booking
Com vista para a Mata Atlântica, a Pousada D’Pillel fica a 5 minutos a pé da praia, onde você pode caminhar ou fazer snorkel. Os quartos da propriedade ainda contam com varanda privativa.
Pousada Papiro Boutique/Booking
À beira-mar, Pousada Papiro Boutique oferece acomodações equipadas com varanda com vista para o mar. Ao se hospedar no local, você poderá aproveitar atividades como trilhas em Abraão e ao redor da cidade.
Che Lagarto/Instagram
Além de hostel, o Che Lagarto é um dos lugares mais badalados de Ilha Grande, e não é à toa. O bar fica aberto das 12h às 1h, sempre com música ao vivo, e o restaurante começa a aceitar pedidos no horário de abertura, indo até às 23h, quando as mesas dão lugar a uma verdadeira balada.
Para quem não dispensa um Aperol Spritz ou uma Cuba Libre, a boa notícia é que os drinks só param de ser preparados quando a casa fecha. Mas, se a ideia é provar a pizza Margherita, é bom ficar de olho no horário!
Julia Surtô/Instagram
Próximo ao Che Lagarto, na Praia da Júlia (a primeira da trilha para a Praia de Abraãozinho), está o Julia Surtô. O cardápio pode parecer enxuto, mas é daqueles lugares em que tudo o que você pedir vai ser bom. Para um lanche rápido na praia, a Focaccia com Porco é uma ótima pedida, mas as saladas também valem a pena para quem prefere algo mais leve.
Já os drinks são, na minha opinião, os melhores da região. E, com o som acústico da banda Cumbia Libre tocando ao fundo, sempre às terças e aos sábados, é comum ver o pessoal curtindo por lá antes de seguir para o agito do Che.
Fornilha Pizzaria/Instagram
Se você está em Ilha Grande e sente falta do sabor da pizza paulistana, a Pizzaria Fornilha é o lugar certo. Localizada no cruzamento entre a Rua Getúlio Vargas e a Rua do Chalé, no começo do centrinho da ilha, o cheiro do forno à lenha já começa a invadir as ruas por volta das 14h, chamando a atenção – e o estômago.
As pizzas são tradicionais, sem muitos sabores que fogem do padrão, ideais para quem quer algo reconfortante e que remete ao lar.
Ateliê Cafeteria/Diego Oliveira
O Ateliê Cafeteria é o refúgio perfeito para quem precisa de uma pausa dos frutos do mar e frituras ou simplesmente quer uma refeição rápida e saborosa.
No meu caso, optei por um wrap, que vem com batatas rústicas e salada (com adicional). O cardápio é extenso e dividido entre almoço e jantar, valendo a pena voltar para experimentar outras opções. O ambiente também é um charme: seja na calçada ou nas mesas da praia, a vista é a Praia de Abraão. Já para quem prefere o interior, há também outros espaços aconchegantes.
Bamboo Restaurante/Kelly Rocha
Para quem quer relembrar o sabor de um bom PF paulista, o Bamboo Restaurante é a pedida certa. O ideal é ir na hora do almoço, quando o ambiente está mais tranquilo e o atendimento é mais rápido. Além do prato feito, o cardápio ainda oferece lanches, pizzas e churrasco.
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