Originado há mais de um século na gastronomia judaica, o pastrami é um dos preparos com carne mais clássicos da culinária mundial, e, não raro, tratado como protagonista em lanches e aperitivos.
A preparação consiste em três passos básicos: cura, defumação e cozimento. O primeiro processo é o de curar a carne em salmoura, imersa em uma mistura de água, sal, açúcar, ervas e especiarias por mais de sete dias. A cura ajuda a preservar a carne, realçar o sabor e dar a textura característica à iguaria. Após esse período, a peça é defumada e finalmente cozida, para que fique ainda mais macia.
O pastrami foi desenvolvido com o objetivo de preservar a carne em tempos sem refrigeração, já que o processo utilizado na época fazia com que o corte durasse por mais tempo. Com sua origem judaica, o pastrami ganhou fama e reconhecimento em Nova York, através de sua grande colônia judaica – mas a especialidade extrapolou fronteiras e diversas culturas aproveitam hoje suculentos sanduíches de pastrami.
Dada a fama, é natural que São Paulo seja a primeira opção de local para provar o tão bem falado pastrami. Construída por imigrantes, a cidade está figurada entre as metrópoles mais cosmopolitas do Brasil.
Além da óbvia diversidade, essa característica reflete também na oferta de restaurantes pela capital, como é o caso do Yū, restaurante japonês à nova-iorquina, e das seguintes casas onde é possível comer e se deliciar com o pastrami em São Paulo.
Inspirada nas delicatessen nova-iorquinas, a Z Deli Sandwich Shop é um dos endereços mais famosos de pastrami em São Paulo. Com quatro unidades espalhadas pela cidade, as fritas com casca dourada é uma das entradas consideradas obrigatórias no pedido. Há a opção com e sem pastrami.
Pedir os sanduíches feitos com ingredientes frescos também é uma ótima maneira de aproveitar a visita ao restaurante. Pastrami e Reuben são as duas alternativas com a carne defumada disponíveis no cardápio.
O primeiro conta com maionese e relish de pepino no pão de leite, enquanto o segundo é servido no pão de centeio e acompanha chucrute e o molho especial da casa.
O Fôrno é outro restaurante referência em pastrami em São Paulo. Apesar de relativamente novo comparado ao Z Deli, de 1981, o menu desta casa de apenas seis anos conta com ainda mais opções com a iguaria defumada.
Além das fritas, as coxinhas de pastrami são famosas entre aqueles que gostam de começar o pedido com uma entrada. Na seção dos sanduíches, a boa surpresa é que a maioria contém pastrami.
A escolha ficará entre o Deli Deli, com queijo cheddar no pão brioche; Pastrami Sandwich, onde a carne é o protagonista entre duas fatias de pão de campagna; e o Pastrami Dog, com salsicha suína e queijo Colby Jack servido na massa de pizza.
Recentemente inaugurado em Curitiba (PR), o Miltes Bar escolheu o pastrami suíno para compor o sanduíche mais vendido da casa. O Cubano, que já é um sucesso, é preparado com pão artesanal, mostarda, relish de pimenta americana, pastrame suíno, queijo muçarela e presunto. Em menos de um mês após a inauguração, mais de 70 unidades já foram vendidas.
Rafael Vetter, proprietário do Miltes conta que a maior parte do cardápio é proveniente de fornecedores e produtores locais: “Por isso, ficamos muito felizes em encontrar em nossa cidade um pastrami extremamente suculento e saboroso.”
O pastrami da casa é curado por 19 dias, o que traz textura e uma leve salga ao produto. “Já a defumação, é feita por 6 a 8 horas em alta temperatura com lenha de ameixeira ou macieira, processo que faz toda a diferença no sabor final”, comenta Felipe de Ferrante, proprietário do Assa CWB, empresa que faz a produção do pastrami utilizado no Cubano.