O que fazer em Ilha Grande: passeios, hotéis e restaurantes no paraíso
19 de fevereiro de 2025
Massas, pinheiros, passeios em vespas, gelatos e romance… há muito o que se pensar quando o assunto é Roma. Não é à toa que seu apelido é Cidade Eterna: andar por suas ruas como andar por um pedaço da história.
Cada esquina guarda patrimônios da humanidade, sejam eles pontos turísticos abertos para visitação ou casas, restaurantes e partes comuns da cidade. Está planejando uma viagem pela Itália e ainda não sabe o que fazer em Roma? Então embarque com a gente pelo guia a seguir!
Guia completo: como chegar a Roma
Vaticano/Chris Czermak
Saindo do Brasil, há voos diretos para Roma a partir de cidades de São Paulo e Rio de Janeiro que podem pousar em dois aeroportos, o Leonardo da Vinci, mais comum e conhecido como Fiumicino, e o Ciampino.
O Fiumicino, a 30 km da estação ferroviária central Termini, é o principal local para voos internacionais. Já o Ciampino é o mais comum entre as companhias aéreas low cost e fica a 15 km de Termini.
Algumas das formas de se sair do aeroporto são utilizando transfers, taxis ou carro. Contudo, os táxis e carros de aplicativo podem chegar a € 50 e o trânsito de Roma tende a ser caótico e com poucos lugares para estacionar. Já em transportes públicos, outros meios de transporte são os ônibus e trens, que custam a partir de € 6 e € 14, respectivamente.
Nesse caso, também, deve-se ter atenção às regras de funcionamento, já que algumas são diferentes das do Brasil. No trem Leonardo Express, por exemplo, uma das opções mais práticas de viagem, é preciso validar os bilhetes em uma máquina antes de embarcar (exceto nas compras online) para não correr o risco de pagar uma multa.
Principais bairros da capital italiana
O bairro favorito da equipe do Sola no Mundo em Roma é Trastevere. Até hoje, ele continua com uma atmosfera de bairro local, diferente do centro romano, mais explorado pelos turistas e com comércios, tours, entre outras opções bastante voltadas para esse público.
Trastevere, no entanto, é um lado mais bucólico da cidade. Para chegar até lá, é necessário atravessar uma das pontes de cruza o Rio Tibre. O caminho leva a um lugar com cantinas charmosas, onde os europeus costumam aproveitar taças de Aperol ou vinho branco nas varandas e terraços dos bares e outros estabelecimentos, como as Trattorias, por exemplo.
Outros bairros de destaque são o Centro Histórico, repleto de pontos turísticos; Prati, ideal para fazer compras e visitar o Vaticano; Testaccio, com boas opções gastronômicas; San Lorenzo, para curtir bares e baladas; e o artístico Monti, próximo ao Coliseu.
Hoteis de luxo contam a história da Cidade Eterna
Jardim secreto do Hotel de Russie em Roma/Facebook
Depois de escolher entre alguns dos principais bairros de Roma, é hora de pensar na hospedagem ideal. Para quem gosta de ficar em hoteis, existem algumas opções bastante famosas na capital italiana. Os preços podem não ser em conta, mas vale a pena conhecer os locais, que fazem parte da tradição romana. Veja:
Hotel de Russie
O Hotel de Russie, do grupo Rocco Forte, fica no coração de Roma, entre as praças Piazza del Popolo e Piazza di Spagna. Ele existe desde 1818 e já hospedou nomes como o pintor Pablo Picasso, além de abrigar um Jardim Secreto.
The St. Regis Rome
Lumen Bar no hotel The St. Regis Rome/Facebook
Inaugurado em 1894, o St. Regis promete oferecer aos seus hóspedes uma mistura de design e herança artística. Entre seus diferenciais, estão atrações culturais como apresentações de harpa e piano. O hotel fica localizado na região da Estação Termini.
Palazzo Talìa
Grand Junior Suite do Palazzo Talìa em Roma/Facebook
Construído no século 16, o prédio, próximo à Fontana di Trevi, o Palazzo passou por uma reforma pelo Studio Luca Guadagnino, do diretor dos filmes “Me Chame Pelo Seu Nome” e “Rivais”, para se tornar um hotel boutique de 5 estrelas na região do centro de Roma, em 2024.
Six Senses Roma
Terraço do Six Senses em Roma/Facebook
Nos arredores do Centro Histórico, o primeiro hotel da rede Six Senses na Itália abriu em 2023 no Palazzo Salviati Cesi Mellini, do século 15. Entre os principais atrativos para os hóspedes está seu icônico terraço e o foco em bem-estar com Spa estrelado, restaurantes e muito luxo.
Melhor época do ano para visitar Roma
Fontana di trevi em Roma/Michele Bitetto
O que fazer em Roma no verão
No verão, que vai de junho a agosto, faz bastante calor na capital italiana. É também um período de maior lotação – mas ainda que a cidade sofra com o turismo excessivo, ela ainda tem muito o que oferecer na estação mais quente do ano, como os eventos culturais da programação do “Estate Romana” e as apresentações ao ar livre da Ópera de Roma.
Um ponto positivo é que Roma tem diversas fontes de água potável espalhadas por todos os cantos.
O que fazer em Roma no inverno
As estações em Roma costumam ser bem marcadas, mas no inverno, as temperaturas não são tão extremas quanto em outros destinos europeus e raramente neva. Quem visita a capital italiana logo após o Natal, aliás, tem o bônus de poder conferir celebrações como a da Befana (leia mais abaixo) e, em fevereiro, o Carnaval de Roma.
O que fazer em Roma na Primavera
Na primavera, uma alternativa para apreciar a estação das flores é dar um passeio pelo Jardim das Rosas, que abre todos os anos no aniversário da cidade, em 21 de abril, até junho. Além disso, de abril até maio, centenas de azaleias cor-de-rosa ocupam as Escadarias da Praça da Espanha para enfeitar ainda mais essa época do ano.
O que fazer em Roma no outono
Uma possibilidade para quem prefere viajar na meia-estação e em um período com menos turistas é visitar Roma no outono. Em outubro, por exemplo, uma recomendação é visitar o Festival Internacional de Cinema ou a Semana de Arte. E, apesar do tempo mais chuvoso de novembro, também é o momento certo para provar os cogumelos da época.
Principais atrativos de Roma
Imagem: Reprodução/Veectezy
Fontana di Trevi: afinal, agora para para entrar?
Um dos cartões-postais de Roma, a Fontana di Trevi foi reaberta em dezembro de 2024 após aproximadamente três meses de limpeza e drenagem para o Jubileu da Igreja Católica.
Por enquanto, os turistas poderão continuar visitando a fonte gratuitamente, enquanto a prefeitura estuda a possibilidade de uma cobrança de taxa. O horário de visitação vai das 9h às 21h, com limite para 400 pessoas por vez.
Ao visitar a Fontana di Trevi, é importante não se esquecer da antiga tradição de jogar uma moeda para garantir o retorno à cidade. Para isso, deve-se ficar de costas para a fonte jogar a moeda sobre o ombro esquerdo usando a mão direita na hora de fazer o pedido. A lenda ainda diz que jogar duas moedas traz um amor (supostamente italiano) e três, o casamento dos pombinhos na cidade.
Passeios pelos pontos turísticos com a Civitatis
Para conhecer alguns dos principais monumentos mais famosos de Roma, uma alternativa é recorrer a passeios guiados, como os da Civitatis – nossa parceira por aqui. A equipe do Sola no Mundo fez dois deles: pela Capela Sistina, Vaticano e São Pedro e pelo Fórum Romano e o Coliseu.
Ambos foram pontuais e com explicações em espanhol – mas o guia também falava um pouco de português. Os passeios reuniram um grupo pequeno e interessado de turistas, percorrendo todos os pontos informados na descrição. Confira os roteiros abaixo:
Excursão a Pompeia
Saindo de Roma, a excursão para Pompeia é repleta de história, arte e arqueologia. A visita inclui as ruínas da cidade sepultada pela erupção do Vesúvio no ano de 79.
Coliseu, Fórum e Palatino + Arena dos gladiadores
O tour leva os viajantes aos maiores vestígios da Roma Imperial, incluindo ingressos e uma visita pela arena dos gladiadores no Coliseu.
Vaticano e Capela Sistina
A visita guiada é um mergulho em arte e religião. Ela pode, inclusive, incluir uma ida às Salas de Rafael nos Museus do Vaticano, se houver poucas pessoas.
Florença e Pisa
De Roma, a excursão segue para Florença e Pisa para conhecer as joias da Toscana. Ela passa pelo Duomo, a Ponte Vecchio e, claro, a Torre de Pisa.
Gastronomia é parte da tradição romana
É importante conferir as dicas dos locais para escolher uma boa gelateria/Katie Smetherman
Se tem uma coisa que os romanos levam a sério é sua gastronomia. Portanto, ao visitar Roma, o viajante deve esperar massas sempre frescas e deliciosas. Contudo, nada de pedir um cappuccino após o almoço. Isso porque, assim como a “proibição” de cortar o macarrão, as tradições gastronômicas dizem que essa bebida deve ser reservada para a parte da manhã. Já o expresso, por outro lado, está liberado!
Outro atrativo de Roma é, claro, o gelato. E na hora de visitar uma gelateria, uma regra pode ajudar na busca pelo sabor perfeito. Os italianos acreditam que uma boa gelateria mantém seus sorvetes “escondidos”: bem tampados e armazenados na geladeira. Isso indica que eles são mais naturais, diferentes dos que ficam à mostra nos balcões das sorveterias. Deve-se atentar também à cor, já que um tom muito intenso pode indicar um maior uso de conservantes.
Restaurantes em Roma próximos de pontos turísticos
Il Giardino ai Fori
Ao lado do Coliseu, o restaurante tem um menu que inclui pratos tipicamente italianos como pizza margherita, espaguete e tiramisu. Atenção: o local é turístico, mas vale a pena!
Ristorante Sette Oche in Altalena
Ristorante Sette Oche in Altalena
Outra opção para provar a verdadeira comida da Itália é conhecer este restaurante no centro de Trastevere. O menu promete focaccias com fermento natural, massas artesanais e carnes curadas italianas.
Forno La Renella
Também no bairro de Trastevere, a padaria de 1870 é mais conhecida pelos pães e pelas pizzas. No entanto, nossa principal dica é experimentar os crepes de Nutella!
Cul De Sac
Enoteca Cul De Sac em Roma
Os vinhos não poderiam ficar de fora da seleção. Inaugurado em 1977, o bar e loja de vinhos no coração da Cidade Eterna oferece mais de 1.500 opções da bebida, além de patês, queijos e sobremesas doces.
Cultura de Roma e festas anuais
Imagem: Raquel Pryzant
A chegada da Befana
Nem só de Coliseu e Panteão vive Roma. A cultura italiana é muito mais que isso, e inclui ainda uma tradição que encerra as festividades de Natal no mesmo dia em que, no Brasil, celebramos o Dia de Reis, em 6 de janeiro.
Trata-se da chegada da Befana, uma espécie de bruxa que marca a semana da Epifania (manifestação ou aparição no grego antigo), festival cristão que celebra a chegada de Jesus Cristo ao mundo. Entretanto, sua origem pagã tem relação com a agricultura entre os séculos X e VI a.C. e a celebração do solstício de inverno romano entre a Roma antiga e a Idade Média.
Segundo a lenda, Befana é uma velha que visita crianças na noite entre 5 e 6 de janeiro para encher as meias deixadas penduradas na lareira com doces ou carvão, dependendo do comportamento de cada uma.
Como o ditado italiano diz que “L’Epifania tutte le feste porta via” (A Epifania leva embora todos os feriados), para encerrar a temporada natalina, há festas em diversas cidades do país. Em Roma, no Parque dos Aquedutos, a competição de 10 quilômetros “Corrida pela Epifania”. Mas quem não curte esportes pode assistir ao desfile de fantasias no Castelo de Santo Ângelo, na Piazza Navona.
Parada LGBTQIA+ em Roma
Imagem: Raquel Pryzant
Quem visita Roma no mês de junho tem a oportunidade de aproveitar o Roma Pride, uma das maiores festas LGBTQIA+ do país. Ano passado, a parada comemorou 30 anos desde sua primeira edição, em 1994, e em 2011, chegou a receber um show de ninguém menos do que Lady Gaga.
Este ano, em 2025, a comemoração será em 14 de junho, saindo da Piazza della Repubblica às 14h e percorrendo marcos históricos da cidade. Por fim, além do Roma Pride, o verão romano também conta um calendário de eventos LGBTQIA+ no parque Terme di Caracalla, trazendo cultura, entretenimento e política.
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