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O que fazer em Reykjavik, a capital da Islândia que merece uma visita

Tempo de leitura: 6 minutos
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Cachoeiras, montanhas e gêiseres. A natureza da Islândia é monumental, mas a capital do país também merece uma oportunidade. Veja o que fazer em Reykjavik, e visite os museus, igrejas e passeios de um dia para quem viaja ao norte.

Onde fica Reykjavik, a capital da Islândia

A Islândia é uma ilha vulcânica que fica a 300 quilômetros da Groenlândia, com quem divide as águas do Atlântico Norte. Este é um dos destinos em que é possível chegar mais perto do Círculo Polar Ártico, e possui uma atividade geotérmica que abastece a ilha de energia. O país é formado por glaciares, fiordes, montanhas e lagos. E mesmo quem viaja para conhecer a capital consegue, sem muito esforço, se maravilhar com a paisagem islandesa. 

Como chegar na Islândia: aeroporto e transporte

O principal aeroporto na Islândia é o de Keflavík (KEF), e a partir dele é possível acessar o centro da cidade em 40 minutos de ônibus ou carro alugado.  Os voos que saem do Brasil costumam fazer paradas em Londres, Munique, Zurique, Nova Iorque e, mais recentemente, a Play airlines abriu uma rota desde Madrid. 

O que fazer em Reykjavik, a capital pouco conhecida 

  1. Relaxar nas águas termais como um islandês

A piscina de água termal mais conhecida do país é a Blue lagoon, uma experiência que chega a ser terapêutica pelas propriedades minerais da lagoa. O atrativo também conta com SPA, restaurante e instalações para passar o dia todo. 

Porém, a Blue lagoon fica fora da cidade, e nem sempre é possível combinar tantos passeios em pouco dias, é por isso que recentemente inauguraram a Sky Lagoon, que não é tão grande quanto a sua irmã mais velha, mas também oferece uma experiência super completa em águas geotermais. O melhor da Sky Lagoon é sua sauna de madeira, com uma janela de cristal gigante com vistas para a paisagem da Islândia. 

  1. Passear pelo centro da cidade e distrito 101

Reykjavik é inteira coberta por casinhas coloridas que parecem participar do cenário de um conto de fadas. Porém, esta arquitetura vai muito além da estética. São casas blindadas feitas de concreto e ferro ondulado para sobreviver a terremotos e intempéries. Entre lojas de souvenirs com a bandeira da Islândia, se encontra uma rua pintada de arco-íris. Ela marca a entrada para o distrito Reykjavik 101, o distrito mais hipster da cidade. 

Cafés livrarias, exposições fotográficas, museus e lojas de discos se dividem entre Laugavegur, Skólavördustígur e outras ruas do centro. O ‘101’ neste contexto significa, também, um tipo intelectual que pode ser encontrado em meios artísticos de dia e nos bares pelas noites islandesas, sob o sol da meia-noite.

  1. Visitar a estátua Sólfar

Com a filosofia de que tudo acabará bem “þetta reddast”, os islandeses atravessam os seus longos e escuros invernos com a sabedoria de que o sol sempre chega. O Sol é também o guia dos viajantes e dos seus navios para regressarem às terras da Islândia depois de atravessarem os oceanos.

O escultor islandês Jón Gunnar Árnason ganhou o concurso de comemoração dos 200 anos da cidade com o desenho de Sólfar, uma escultura ao ar livre na Baía Faxaflói que foi inaugurada em 1990. Seu conceito de barco dos sonhos é, naturalmente, uma homenagem ao sol.

As suas modernas formas de aço inoxidável sobre lajes de granito contrastam de maneira surpreendente com as montanhas no horizonte. Representando uma busca de esperança, progresso, liberdade e territórios a descobrir, o barco que parece flutuar no ar é um dos pontos imprescindíveis para visitar na capital

  1. Conhecer a Hallgrímskirkja, a igreja Luterana 

A luterana Hallgrímskirkja é a igreja mais emblemática do país. Mas sua forma não é por acaso. O arquiteto Guðjón Samúelsson o projeto com a intenção de simbolizar a paisagem natural da Islândia. As colunas laterais da fachada são inspiradas pelas colunas de lava basalto da costa islandesa. O que não deixam de lembrar, também, uma nave espacial. 

A torre se eleva a 74 metros e através de um elevador quase escondido, é possível subir até o campanário, e ver Reykjavik desde cima, como em nenhuma construção da cidade. 

Qual o clima de Reykjavik e como se preparar

A capital da Islândia é conhecida por seu clima extremo, e preparar-se para encarar esta aventura é mais que necessário. No verão europeu, você vai encontrar o sol da meia-noite, e ter que se acostumar em ir dormir de tapa olho. Mas o clima em ‘trégua’ facilita muito para conhecer a cidade caminhando e até tomar um café na calçada. 

O inverno já transforma a viagem em uma aventura quase de risco, uma vez que as temperaturas se mantém abaixo dos 0 graus, e a neve colore toda a paisagem. Porém, este desafio extra tem uma recompensa: é no inverno que o céu é iluminado pelas auroras boreais na Islândia. Os islandeses são muito acostumados com o frio, e com a noite precoce que chega com ele. Por isso, desenvolveram o costume de se encontrar em bares, cafés e bibliotecas para passar horas juntos, aquecidos e compartilhando histórias. 

Onde ficar na capital da Islândia

Reykjavík é a maior cidade da Islândia, mas mesmo assim, seu número de habitantes é menor que qualquer cidade do interior paulista. São 123 mil, espalhados por algumas quadras, que podem ser visitadas a pé. Isto faz com que seja quase impossível ficar ‘mal localizado’ na cidade, facilitando na hora de escolher uma acomodação. 

Nós ficamos na rede Center Hotels, que possuem ao menos cinco unidades. A estrutura dos quartos segue a risca a cama com edredons brancos, a televisão e o frigobar particular. Mas os espaços comuns são descolados, e lembram hostels de alto padrão na Europa. 

Passeios de um dia a partir de Reykjavik

O Círculo Dourado, Thingvellir, Gullfoss e gêiseres

O Golden Circle (círculo dourado) é um percurso que parte de da capital e inclui três principais atrações naturais do país. A primeira parada é o Parque Nacional Thingvellir, de grande importância histórica e geológica. Ali foi construída a primeira igreja cristã do país e, hoje, este parque alberga a casa de campo do Primeiro-Ministro. Também vale a pena uma visita pela curiosidade geológica, já que se pode ver um cânion formado pela separação das placas tectônicas da América e Eurásia -que se segue separando uns centímetros cada ano. 

As duas próximas paragens do percurso são a majestosa cachoeira de Gullfoss, conhecida como a cascata dourada, e a zona dos gêiseres ativos, que assombram os viajantes que presenciam a erupção com nada mais de uns minutos de paciência.

Avistar baleias em um passeio de barco

A capital da Islândia é uma das poucas do mundo que oferece a possibilidade de avistar baleias tão perto da costa. Isto acontece, também, porque a bahia de Faxaflói é um importante ponto de alimentação para diferentes espécies. 

Empresas como Elding, uma das primeiras de Reykjavik, oferecem percursos de mais de três horas para observar os animais no seu habitat natural. Os guias dos Whale Watching Tours comunicam entre si, o que aumenta a possibilidade de avistar uma baleia ou um golfinho. Com responsabilidade ambiental, sempre deixam bem claro que avistar ou não as baleias é uma questão de sorte, uma vez que elas não estão em cativeiro. 

Raquel Cintra Pryzant
Raquel Cintra Pryzant
Raquel Cintra Pryzant é editora da CNN Brasil e editora-chefe do portal de viagem e gastronomia Sola no mundo desde 2017. Com mestrado na Espanha, e experiência internacional, já colaborou com veículos como a National Geographic, BBC, Skyscanner, FOLHA e mais