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Onde comer em Malta? Série desvenda os sabores da ilha mediterrânea

Tempo de leitura: 7 minutos

Malta é uma pequena ilha localizada no sul da Europa, entre a Itália e a Líbia. Sua posição geográfica a transformou em terra valiosa, por onde passaram muitos povos que, claro, deixaram sua cultura e seus temperos.

A gastronomia da ilha é um reflexo deste passado, e entre as ilhas de Malta, Gozo e Comino é possível provar receitas italianas, árabes e britânicas – sempre adaptadas aos ingredientes locais. A minisérie “Malta: Sabores do Mediterrâneo” foi realizada a partir de um projeto da Universidade Autônoma de Barcelona, como parte do mestrado em Jornalismo de Viagem.

Viajamos para a ilha no verão, em uma equipe de cinco videomakers, por dez dias. Nossa missão? Registrar os preparos da comida de rua, do tradicional pão maltês Ftira, do mel da ilha e, porque não, da alta gastronomia. Fizemos as entrevistas em inglês, para o público espanhol, mas falar sobre comida é sempre universal – desde os pastizzis (folhados recheados com ricota), até o fenek (assado de coelho).

Embarque nesta série de quatro mini documentários, e veja, como nunca antes, a cultura culinária desta ilha mediterrânea. A série é uma produção do canal Destinos Sentidos, que tem como objetivo realizar um “percurso sensorial” em suas viagens ao redor do mundo.

Street food em Malta: a suculenta comida das ruas

O primeiro episódio, “Street food em Malta”, apresenta alguns dos pratos mais emblemáticos da culinária de rua da ilha, como o pastizzi e as conservas.

O pastizzi é um pequeno pastel recheado com queijo ricota ou ervilhas e é servido diariamente. Aqui você vai encontrar onde comer em Malta de forma saborosa, sem gastar muito.

Alta gastronomia de Malta: de volta as origens

O segundo episódio, “Alta gastronomia Maltesa”, explora a experiência culinária única oferecida pela gastronomia de Malta em restaurantes de alta qualidade, como o L’Istorja em Gozo.

Trevor Portelli é o chef executivo do Kempinski Hotel San Lawrenz, e para ele, o restaurante tem uma missão de contar a trajetória da ilha a cada prato. Na cozinha do L’Istorja, os produtores locais são valorizados as receitas combinam preparos tradicionais com o frescor mediterrâneo. Eles contam também com uma horta própria, o que ajuda com os preparos de cada estação.

O sabor do mel de Malta: o ouro da ilha

O terceiro episódio, “O mel de Malta”, nos leva ao mundo da apicultura maltesa. Graças à variedade de flora na ilha, Malta produz uma grande variedade de mel, cada um com sabores e aromas diferentes.

Neste episódio, cientistas especializados no assunto compartilham informações sobre a produção de mel, suas propriedades nutricionais e medicinais, além de produtores locais que contam como este tipo de cultura se tornou uma parte integral da gastronomia da ilha.

Ftira: o pão maltês que é patrimônio da humanidade

Finalmente, o episódio “Ftira, mais que um pão”, explora a culinária de Malta através do pão Ftira.

Esse pão redondo e achatado é feito com ingredientes banais, como farinha de trigo e água, mas o segredo está guardado em um forno à lenha de alta temperatura – o mesmo utilizado há mais de 500 anos na ilha.

O Ftira pode ser recheado com uma variedade de sabores, mas a forma mais tradicional envolve ingredientes mediterrâneos como tomate, atum, cebola e azeitonas. A textura crocante por fora e macia por dentro faz desse pão uma iguaria única e deliciosa.

A série “Malta: sabores do Mediterrâneo” é uma série fascinante que oferece uma visão única da cultura culinária de Malta. Os quatro episódios exploram diferentes aspectos da gastronomia da ilha, proporcionando informações sobre pratos de rua, alta gastronomia, seu famoso pão e delicioso mel.

Se você planeja visitar Malta ou é simplesmente um amante da gastronomia, essa série é definitivamente para você.

Por trás das câmeras: quem são os criadores da série

Os criadores da série são um grupo de profissionais talentosos e dedicados. E trabalhamos juntos para te trazer uma experiência sensorial única e envolvente. Cada um dos membros da equipe desempenha um papel importante na produção da série.

Raquel Cintra Pryzant é a entrevistadora da série: Ela é especializada em comunicação e jornalismo, tendo trabalhado em meios como a Viajes National Geographic e a BBC News. Sua grande habilidade para fazer perguntas relevantes e perspicazes levam aa conversas profundas e significativas vistas na série.

Wendy Szmid é responsável pela direção e edição da série: Sua vasta experiência no campo da comunicação engloba uma passagem pelo renomado jornal Clarín, e mais de 7 anos de experiência de criação de conteúdo audiovisual jornalístico e publicitário na América Latina e Europa.

Juan Jabares é o diretor de fotografia da série: Ele tem uma habilidade excepcional em capturar imagens impressionantes e transmitir emoção através das lentes da câmera. Atualmente em uma viagem sem bilhete de volta pelo sudeste asiático, o mais importante para Juan é conhecer outras culturas e registrá-las.

Karina Santos é a responsável pelas redes sociais e produção: Ela coordena e supervisiona todos os aspectos da produção, garantindo que tudo esteja no lugar para que as filmagens aconteçam sem problemas. Além disso, com suas redes que somam mais de meio milhão de seguidores, Karina aperfeiçoou suas habilidades de storytelling e sabe, como ninguém, manter seu público engajado.

Marc Balagué é o responsável pela pré-produção e captação de imagens da série: Ele é um especialista em contar histórias visualmente e tem um olhar aguçado para criar imagens cativantes. Com sua formação em biologia, foi membro fundamental para a produção do capítulo sobre o mel de malta. Através de suas redes, organiza viagens e expedições para diferentes partes do mundo. Estar em movimento é essencial para o comunicador.

A produção da web série de documentários em Malta

A Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) é uma das principais instituições de ensino superior na Espanha e é conhecida por sua proposta única de mestrado em jornalismo de viagem.

Entre as iniciativas do curso, o trabalho de conclusão do mestrado chama atenção. Se trata de uma viagem a ser realizada a partir de um sorteio. Resultando em uma experiência interessante e desafiadora para os estudantes.

O sorteio do destino, juntamente com o grupo de viagem escolhido aleatoriamente, criam uma atmosfera que se assemelha a realidade do jornalista de viagem, que na maioria das vezes não escolhe seu destino nem seus companheiros. Desta forma, os estudantes podem explorar um destino desconhecido e se desafiar a produzir conteúdo de qualidade.

Essa viagem é uma oportunidade incrível para aprimorar habilidades de reportagem e produção de conteúdo, assim como aprender sobre diferentes culturas e tradições. É sobre colocar em prática tudo o que foi aprendido durante o curso e de construir uma rede de contatos profissionais e pessoais que pode ser valiosa para o futuro.

Documentário sobre gastronomia de Malta: experiências em campo

Para a produção da série documental sobre a culinária de Malta, vivemos algumas experiências únicas e emocionantes. O fato de ter sido um trabalho final de um mestrado em jornalismo de viagem em Barcelona trouxe uma responsabilidade extra para o grupo, mas também nos motivou a trabalhar duro e a produzir um conteúdo de qualidade.

Ao chegar em Malta, pudemos conhecer as pessoas e a cultura local. Fomos pelas ruas de La Valeta e Marsaxlokk, em busca de histórias interessantes e entrevistas com chefs e proprietários de restaurantes que se dedicam a preparar pratos típicos da culinária maltesa.

Além disso, conquistamos o grande desafio de conseguir acesso aos lugares certos para produzir cada episódio. No capítulo sobre a alta gastronomia, por exemplo, entramos em contato com diversos restaurantes até encontrar o que procurávamos: um restaurante que valorizasse os ingredientes locais e a história de Malta. Mas para isso tivemos que viajar a Gozo, onde a cozinha do L’Istorja foi interrompida por uma manhã inteira para que gravássemos o capítulo.

Para o episódio sobre o pão de Malta, o Ftira, conhecemos as principais padarias que ainda produzem pão da forma tradicional, além de encontrar um professor da Universidade de Malta que pudesse nos falar sobre a história da panificação na ilha.

Mas talvez a experiência mais memorável tenha sido a de visitar sítios e fazendas no interior de Malta para ver de perto como o mel é produzido. Vestidos com roupas de apicultores, pudemos observar de perto o cuidado com as abelhas nativas e como o mel é extraído, tudo enquanto tentávamos não ser picados pelos insetos.

O resultado é um documentário emocionante e informativo, que não só explora a gastronomia de Malta, mas também as histórias e as pessoas por trás dessa culinária. Foi uma experiência inesquecível que, com certeza, nos ensinou muito sobre o processo de produção de um documentário e sobre a riqueza cultural da ilha.