Apesar do Brasil ser dono da maior biodiversidade do planeta, a tarefa de combinar a imersão na natureza preservada – por meio de trilhas, cachoeiras e paisagens encantadoras – com hospedagens acolhedoras, infraestrutura turística, segurança e proximidade de uma capital com uma ampla oferta de voos, nem sempre é simples. Mas, para quem já visitou a Chapada dos Guimarães, sabe que é possível.
Localizada no Mato Grosso, a apenas 70 km de Cuiabá (MT), este destino tem o poder de cativar diversos tipos de viajantes, desde os mais aventureiros até casais e famílias em busca de uma experiência tranquila em meio à natureza ou, ao que é chamado de ‘tesouro nacional’: o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Criado em 1989, a área protege mais de mil espécies de plantas e animais, dez tipos de vegetação e diferentes formações geológicas, de origem desértica e marinha, do Cerrado brasileiro, que um dia já foi coberto por mar e se transformou, ao longo de milhões de anos, em deserto.
Essa transformação foi responsável por formar paisagens únicas, como cavernas, paredões, morros e cachoeiras a serem conhecidos. O Véu da Noiva, cartão-postal da Chapada e principal ponto de visitação, tem uma queda livre de 86 metros e é um grande exemplo de beleza do local, além do Complexo de Cavernas Aroe Jari, onde está localizada a maior caverna de arenito do Brasil.
“As paisagens formadas pelos gigantescos paredões de arenito te transportam no tempo, levando a pensar como era a região há milhões de anos atrás, quando o mar ainda tomava conta”, destaca Letícia Silva, produtora de experiências da Vivalá, organização especializada em Turismo Sustentável no Brasil.
“Conhecer o complexo de Cavernas Aroe Jari também foi uma experiência marcante, é possível sentir uma energia muito forte naquele local, e se conectar com a história do povo indígena Bororo”, completou.